Cotidianamente é comum ouvirmos frases como: “os limites devem ser superados”, “supere seus limites”. Entretanto, se há superação, não havia limite e sim uma dificuldade, agora superada. Superou-se, portanto, as dificuldades, seja ela física, fisiológica ou emocional. Vivemos atualmente em alta performance, e cada vez mais as pessoas são exigidas para a excelência. Entretanto, não se pode negligenciar os limites, pois estes devem ser respeitados. Os limites são mecanismos de defesa que barra e limita à uma condição saudável. A vida é estabelecida em prol dos limites, em prol da homeostase, ou seja, do equilíbrio.
Cada vez os limites são desrespeitados e, por consequência, acarretam situações de surtos, depressões, agressividade, fobias, entre outros, como resultado de uma sociedade que vive à margem, sem que nada seja respeitado ou tolerado. Assim é com as crianças, por isso, não se deve fazer comparações, pois cada criança tem seu próprio tempo de desenvolvimento, sua personalidade e suas habilidades. Uma comparação não é saudável e se deve respeitar as crianças pela sua subjetividade e potencializar o que elas se propõem ou que gostam.
Muitos pais, mesmo antes de ter filhos, já configuram um cenário e muitas vezes obrigam a criança a trilhar o caminho, criando uma condição ruim para o desenvolvimento saudável e, muitas vezes, pode gerar sentimentos de frustração, desânimo, baixo rendimento escolar, entre outros. Portanto, vamos ensinar as crianças que os limites nunca devem ser comparados.
Texto elaborado por: Murillo Moreno Lopes, CRP: 145775/06
Psicobe Clínica Psicológica Infantil CRP: 7399J